O presidente da Câmara Municipal de São Carlos, vereador Roselei Françoso (MDB), promoveu uma reunião na manhã desta sexta-feira (24) para discutir soluções para o custeio dos hospitais públicos de São Carlos, Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos (HU-UFSCar) e Santa Casa de São Carlos.
Participaram do encontro os representantes das duas instituições, Fábio Neves pelo HU-UFSCar, Antônio Valério Morillas Junior pela Santa Casa, integrantes da Secretaria Municipal de Saúde, Marco Brugnera, Izaulina Jacomazie Jora Porfírio, Sônia Souza Silva do Departamento Regional de Saúde (DRS) e os vereadores Lucão Fernandes, Cidinha do Oncológico e Sérgio Rocha da Comissão de Saúde da Câmara Municipal.
O assunto principal da reunião foi o custeio dos 10 novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HU-UFSCar, que devem ser colocados em funcionamento com urgência uma vez que o Ministério Público Federal (MPF) ajuizou uma ação civil pública com a intenção de agilizar o processo.
De acordo com o superintendente do HU-UFSCar, Fábio Neves, o financiamento dos recursos humanos e dos investimentos em equipamentos já foram garantidos pelo governo federal. “É preciso encontrar os recursos em caráter emergencial para o custeio”, frisou. Segundo Neves, até o final deste ano serão necessários pelo menos R$ 150 mil por mês para este fim.
A UTI do HU-UFSCar chegou a ser utilizada entre maio de 2020 e dezembro de 2021, em caráter emergencial, no atendimento de pacientes com covid-19. O MPF quer que a Ebserh seja obrigada, liminarmente, a formar a equipe médica da UTI a partir do remanejamento de vagas ociosas existentes no quadro da empresa em âmbito nacional. Além da Ebserh, a União é alvo da ação do MPF, para que seja viabilizada a aprovação das contratações pelos setores responsáveis no âmbito dos Ministérios da Educação, da Economia e da Saúde.
“São Carlos e região carecem de mais leitos de UTI e ação do MPF é bem-vinda neste sentido para dar celeridade”, frisou o presidente da Câmara, Roselei Françoso. “Agora, diante desta urgência, o Poder Público precisa dar respostas para encontrar os caminhos no Orçamento Público para solucionar a questão”, explicou.
Durante a reunião ficou acordado que, além da urgência do HU-UFSCar, também é fundamental discutir outras questões que envolvem o Orçamento da Saúde Municipal, especialmente a contratualização com a Santa Casa. “Precisamos discutir globalmente com a Prefeitura o orçamento da pasta”, disse Lucão Fernandes, que preside a Comissão de Saúde.
“Vamos agendar uma reunião com as secretarias de Governo e Fazenda para desdobrar o tema”, disse Roselei. “Além de orçamento, também precisamos discutir a gestão e o atendimento. Estamos com a entrada investida hoje na Rede Pública Municipal de Saúde, estamos atendendo 80% das demandas nas UPAs e hospitais e apenas 20% na Atenção Básica”, detalhou Roselei.