Roselei se reúne com educadoras do MOVA e decidem lançar campanha para auxiliar alunos

Educadores do Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos (MOVA) e o presidente da Câmara Municipal de São Carlos, vereador Roselei Françoso (MDB), se reuniram na noite desta quinta-feira (18) para avaliar as aulas durante este ano de pandemia de Covid-19.
 
O encontro discutiu o tema do acolhimento dos estudantes frente as questões  emocionais causadas pelos impactos da pandemia e também as dificuldades de acesso que os estudantes estão encontrando para assistir as aulas, principalmente pela falta de um aparelho celular.
 
Atualmente, de acordo com a coordenadora do programa, Maria Alice Zacharias, 230 alunos são atendidos por diversos núcleos espalhados por várias regiões da cidade, incluindo os distritos de Água Vermelha e Santa Eudóxia.
 
“Estamos utilizando o whatsapp para dar aulas remotas durante a pandemia”, explicou a educadora Márcia Margutti, que desde 2002 integra o Mova. “Estamos pensando na parte emocional e financeira dos nossos alunos”, salientou.
 
De acordo com Márcia, o MOVA está desenvolvendo cursos de formação para auxiliar os educandos a ganharem uma renda extra. “E também se distraírem porque o isolamento está afetando a todos muito fortemente”, destacou.
 
A educadora Débora Camargo também chamou a atenção para as dificuldades financeiras dos alunos, especialmente com o fim do auxílio emergencial. “Com essa pandemia, muitos alunos precisaram vender o único celular que tinham para comprar alimentos”, contou. “Agora, não conseguem assistir as aulas”, complementou.
 
O vereador Roselei Françoso, que há pelo menos 15 anos atua em parceria com o Mova, se prontificou em auxiliar o MOVA a buscar recursos por meio de convênio para que novos cursos possam ser oferecidos. “Também vamos ajudar o Mova a lançar uma campanha de arrecadação de celulares usados”, disse o vereador.
 
Os educadores do MOVA recebem uma bolsa de R$ 550,00 por mês para realizar as atividades de alfabetização de jovens e adultos. “Se pensarmos em dinheiro não fazemos a transformação social, precisamos dedicar todos os nossos esforços para que isso aconteça”, falou Maria Alice. Segundo ela, existe educadores do Mova que utilizam o recursos da bolsa para comprar créditos de celular dos seus alunos.
 
O MOVA, que atualmente está com 15 educadoras, atende regiões periféricas, distritos e acampamentos de sem terra. “Nossos professores são voluntários na maioria dos casos e toda a ajuda que recebemos é bem-vinda”, explica a coordenadora.
 
“O trabalho do MOVA, que acompanho há anos, é extremamente bonito e necessário. O que essas educadoras fazem merece todo o nosso respeito”, salienta o parlamentar. Para Roselei, o Poder Público tem a obrigação de oferecer estrutura para que as pessoas tenham garantido o seu direito de estudar e aprender a ler e escrever. “Não é favor, é obrigação do Estado”, frisa.