Vereador Roselei visita espaço do MOVA São Carlos
A vontade de aprender a ler e escrever, fazer cálculos e operar aparelhos domésticos cada vez mais tecnológicos está prejudica. Alunos de todas as idades se adaptam ao isolamento imposto pela pandemia de Covid-19.
Para os 262 educandos do Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos (MOVA) as dificuldades são ainda maiores porque são pessoas que não tiveram oportunidade de estudar na idade escolar adequada.
O vereador Roselei Françoso conversou com a coordenadora do programa, Maria Alice Zacharias, e sua irmã, Marlene Aparecida Zacharias, no dia 7 de julho, quando visitou o local que abrigará a sede do MOVA São Carlos.
“Estamos aplicando atividades pelo whatsapp ou elaborando cadernos de alfabetização para os educandos sem acesso à internet”, explicou Maria Alice. “Não é fácil, mas estamos aplicando atividades ligadas ao contexto social deles para favorecer a aprendizagem”, detalha.
O MOVA, que atualmente está com 15 educadoras, atende regiões periféricas, distritos e acampamentos de sem terra. “Nossos professores são voluntários na maioria dos casos e toda a ajuda que recebemos é bem-vinda”, explica a coordenadora.
O programa deve ganhar em breve uma sede, que funcionará na avenida João Dagnone, número 7. O espaço está sendo montado com doações e mão-de-obra dos próprios voluntários.
“O trabalho do MOVA, que acompanho há anos, é extremamente bonito e necessário. O que essas educadoras fazem merece todo o nosso respeito”, salienta o parlamentar. São Carlos, segundo dados do Censo de 2010, última contagem oficial, tem cerca de 20 mil pessoas em condição de analfabetismo.
Para Roselei, o Poder Público tem a obrigação de oferecer estrutura para que as pessoas tenham garantido o seu direito de estudar e aprender a ler e escrever. “Não é favor, é obrigação do Estado”, frisa.
“O MOVA São Carlos está se constituindo enquanto instituição e toda a ajuda da sociedade é bem-vinda”, salienta Roselei. “Materiais de papelaria, livros e computadores são nossas principais necessidades”, completa Maria Alice.
Ação – Desde o início da pandemia as educadoras do MOVA se organizaram para produzir máscaras de tecido e de TNT para distribuir gratuitamente às famílias dos próprios educandos e outras indicadas pela Secretaria de Cidadania e Assistência Social. “Produzimos mais de 3 mil máscaras”, conta Maria Alice.